Resenha: Os Últimos Jedi (Star Wars)
- Mila Arquen
- 15 de mai. de 2018
- 4 min de leitura
Olá pessoal,
Primeiro, quero deixar claro que:
Só vi o filme no cinema (2x) e gostei muito;
Não vi a versão estendida de DVD, Blu-ray, etc;
Li o livro entre o dia 04 e 05 de maio de 2018;
Sendo assim, minhas opiniões e apontamentos tem esse intervalo de tempo para comparações.
Agora vamos lá:
O que falar do livro, de um filme que, quase todo mundo com acesso ao cinema (ou confins da internet), já viu?! Vou falar do que há de extra, tentando não dar muitos spoilers ou pelo menos não os aprofundar, por que realmente vale a pena ler esse livro para compreender melhor o universo.
Quando o episódio 7 foi lançado, também li o livro e vi que muita coisa ficou bem mais prazerosa com as informações extras do livro, por exemplo:
Saber que quando Kylo mata determinado personagem em uma ponte (Star Wars e suas pontes da perdição), ele o fez para sentir o lado negro crescendo e o deixando mais forte. Porém se sentiu drenado e mais desbalanceado em relação à Força, mostrando que tem muito conflito dentro dele.
Outro fato interessante é que quando Kylo entra na mente de Rey, ela também entra na de Kylo e aprender diversos ensinamentos Jedi nesse embate mental. Como se ela fosse uma esponja sugando esse conhecimento. Daí, não fica tão implausível o combate dos dois no final do filme.
Pois bem, com o Os Últimos Jedi, do Jason Fry, a situação se repete e vários detalhes são mais explorados e explicados:
O livro começa de uma forma diferente do filme, com um sonho do Luke, mostrando como seria a vida dele se nunca tivesse respondido o pedido de ajuda da Léia. No sonho ele está casado com Cammie e sem filhos, ainda em Tatooine. Nesse momento já podemos imaginar o Império se mantendo com força total, reinando por opressão por décadas, etc. Essa passagem acontece quase como um alerta, como se a força viesse avisá-lo do que poderia acontecer se ele desse as costas a esse segundo chamado de socorro. Não consegui deixar de comparar a Rey com o R2-D2, encarregada de um pedido de socorro da Léia, vagando pelos confins do universo para encontrar um Mestre Jedi... Tá, ela tem a força firme e forte do lado dela, mas a força também deu um empurrãozinho pro R2-D2, né?!
Todos os personagens têm mais espaço para serem explorados, como o relacionamento da Rose com sua irmã, Paige e o colar que elas carregam; o Poe em sua trajetória de crescimento; o Finn, decidindo que postura tomar; e até mesmo o General Hux e seus planos para angariar mais e mais poder.
Há um “funeral” para o queridíssimo por todos, Han Solo. É uma passagem curta, com um discurso lindo, que ajuda os fãs a fecharem um pouquinho da ferida que se abriu no O Despertar da Força.
Sabe a cena da Léia na explosão da nave?! Que todo mundo no cinema fica meio paralisado?! Pois bem, o livro explica um pouco mais da conexão dela com a Força, deixando a cena bem plausível. Além disso, fica certo que Kylo não atiraria, na verdade, ele cria questionamentos fortíssimos nesse momento, que adicionam mais detalhes a esse conflito que vem sido construído desde o primeiro filme dessa trilogia.
Explicam um pouco mais sobre a Força, adicionando o fato que ela tem uma espécie de vontade cósmica, além de toda a explicação que ela é a união espiritual de tudo que está vivo. Isso explica o sonho do começo, Rey ser a pessoa que encontra o Luke e etc.
A conversa com Mas Kanata é hilária e fica muito certo que ela também tem um jeitinho com a Força.
A conexão entre Rey e Kylo é real, inclusive no sentido emocional. Eles meio que mergulham um nos sentimentos e emoções do outro e isso faz com que fiquem fortemente ligados, porém, depois da decisão de Kylo, Rey aparentemente resolve cortar laços com ele... Ah! E explica por que ela não aproveitou a situação para matá-lo quando ele estava vulnerável.
O Líder Supremo Snoke estava influenciando o Ben mesmo antes dele ir treinar com o Luke e muito da situação de revolta é explicado em outro livro, o Legado de Sangue, que eu AMEI! Confiram e me digam se querem resenha com ou sem spoilers!
No final, na cena do Luke em meditação, uma voz vinda da Força fala com ele, como a do Obi-wan no episódio 4. Foi um detalhe pequenininho, mas que fez toda a diferença.
No finalzinho, há uma cena entre Léia e Chewie em que eles lamentam a perda do Luke, Han e todo mundo que morreu até o momento, dos velhos amigos que se foram e até mesmo do Ben. É tocante e eu fiquei com o coração apertado.
No geral, levando sempre o gênero do livro em consideração, trata-se de um livro muito bom e vem complementar o filme na dose certa. O ritmo é ótimo e toda a história caminha de forma muito natural.
Recomendo para todos que são fãs do universo de Star Wars.
Outra coisa, antes de lê-lo, recomendo muito que leiam pelo menos o livro Legado de Sangue. Ele explica com detalhes como a Primeira Ordem conseguiu o poder e tem MUITO da história da Léia.
Bom, é isso. Espero que tenham gostado da resenha. Avisem que quiserem mais resenhas como essa ou com mais ou menos spoilers.
Abaixo segue uma pequena teoria pessoal:
Durante o livro, por duas vezes, há referência a uma mentira criada por Luke, em Ahch-to, que Rey é sobrinha dele. Pois bem, não descarto que haja um parentesco, não que ela seja sobrinha, mas só conectada pelo sangue. A minha teoria é que, a mãe do Anakin pode ter tido outro filho durante o período que foi aprisionada pelos Tusken Raiders e que essa criança já não estava no acampamento ou mesmo no planeta quando Anakin volta e dizima todo mundo. Essa criança pode ter sido escravizada ou tratada como um dos Tusken Raiders, tendo outro filho depois e assim vai. A Rey seria uma das descendentes desse ramo da família. Quanto a ela estar em Jakku, conhecendo um pouco dos Tusken Raiders, não é tão difícil imaginar que poderiam ter ido por lá e trocado a Rey por bebidas. Me falem se também tiverem teorias sobre a família da Rey.
Fiquem bem e bora ler!
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